terça-feira, 23 de março de 2010

Meia maratona de Lisboa


Depois de correr várias distâncias, desde os 8 aos 17 km, participar numa meia maratona era um dos meus objectivos, não só para experimentar a sensação de magnitude da prova, como também para testar as minhas capacidades físicas naquela distância.
Quis o destino que a estreia fosse numa das mais emblemáticas provas do país, já considerada pelo responsável máximo da Federação Internacional de Atletismo, como a melhor do mundo da especialidade, ainda por cima na expectativa geral de ser quebrado o recorde do mundo, o que veio a acontecer.
A “ventura” começou na sexta-feira passada, quando fui levantar o dorsal, numa tenda montada para o efeito, junto ao museu da electricidade, em Belém. Encontravam-se várias bancas, onde distribuíram alguns gifts e numa delas tive uma agradável notícia, num teste ao meu colesterol total, os valores foram 186 mg/dl, quando na última medição, no final do ano transacto, eram 226 mg/dl. Nada melhor para começar.
No domingo a “aventura”, cerca das 09h15, estacionei o carro em Alcântara-Mar e fui até à estação de Alcântara-Terra a pé, pois tinha-se-me metido na ideia que era aí que iria apanhar o comboio da Fertagus para o Pragal (que maluqueira). Depois de ali chegar e constatar que o movimento era fraco de mais, meditei e levei as mãos à cabeça, “que m….”, tinha-me enganado e a estação de Campolide ainda era bastante longe para ir a pé, valeu que dali a momentos, por sorte, apareceu um autocarro para a estação de Campolide, senão…lá se ia a corrida.
Chegado ao Pragal já eram 10h10, aproveitei e fiz o “aquecimento” a correr até à ponte. Quando olhei para aquele mar de gente no “garrafão da ponte” pensei, só passo a linha de partida passado uma meia hora depois do inicio. Felizmente os da meia maratona partiam dum local diferente, dos da mini maratona, que eram cerca de 30.000, conforme apregoaram e demorei cerca de 3 minutos a chegar à linha.
Atravessar a ponte 25 de Abril a pé, a correr, para muitos era só mais uma vez (por ano), para mim foi a primeira e tenho que admitir que senti uma especial sensação. Também correr ao lado de vários milhares de pessoas, cada um a fazer a sua festa (ou avaria) foi uma experiência emocionante, assim como bonito foi ver tanta gente a acompanhar e a apoiar os participantes, além da música que nos deram, as várias bandas, ao longo do percurso.
Sabia que para aguentar os 21km teria que manter um ritmo constante e fazer a corrida “de trás para a frente” (como dizem os entendidos), por isso imprimi um andamento mais lento que o costume, mas penso que me entusiasmei um pouco entre os 10 e os 15km, e os últimos três km as pernas pareciam já não querer obedecer, porém, depois de puxar pelos galões da minha consciência, lá cheguei à meta, bastante cansado…mas feliz.
Tinha como objectivos, primeiro, chegar ao fim, depois, tentar fazer menos de duas horas. Ambos foram alcançados, o que me deixou satisfeito e já a pensar numa próxima meia maratona, talvez a dos palácios, em Sintra.
21 Março (Dom) - 21km – Meia Maratona de Lisboa
Escalão: Veteranos +45
Terminaram a prova: 5.475
Classificação: 2585º,
Tempo: 01:56:51 h
Vencedor: Zersenay Tadese – Eritreia.

Filme da minha chegada (ver o meu tempo):  www.bultzsport.com
João A. Melo

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