Mais uma vez participei na Meia Maratona de Lisboa, uma prova considerada como sendo uma das melhores dez do mundo. Além da meia maratona, também se realizou em simultâneo, a mini maratona (cerca de 30.000!), de 7.200m, tendo ambas como local de partida o início da Ponte 25 de Abril (os da Mini cerca de uma centena de metros atrás). Em Alcântara, dividiram-se, seguindo os da meia, na direcção do Terreiro do Paço (Campo das Cebolas), onde davam a volta e seguiam o percurso inverso em direcção a Belém, frente ao Mosteiro dos Jerónimos, enquanto os da mini voltavam logo na direcção da Av. da Índia para a meta, em Belém.
Cheguei ao Pragal no comboio da Fertagus, cerca das 09h35, julgando chegar bem a tempo, dado que ainda faltavam 55 minutos para o início da corrida, mas enganei-me (fui enganado!), demorei precisamente 53 minutos a percorrer cerca de 1 km, entre a estação e o local de partida, devido aos milhares de participantes que se afunilaram e tiveram imensas dificuldades, para passar um pequeno troço (passadiço) de acesso à ponte, onde só podiam entrar 4 ou 5 pessoas ao mesmo tempo. Lembro-me que eram 10h20, ainda não tinha entrado nesse passadiço e por trás de mim ainda se encontrariam perto de 2 mil pessoas para o atravessarem, empurrando-se em desespero. Muito começaram ali a prova....!
Cheguei ao local de partida faltavam 3 minutos para o início, quanto ao aquecimento..., só se fosse pelo sol, que brilhava intensamente, e para começar em beleza, constatei que fiquei a cerca de 300 m do local de partida, dado que não tinha sido efectuada a separação dos participantes da meia maratona com os da mini e caminhantes. Desde o tiro de partida até ao local de controlo de chips demorei cerca de 5 minutos e a partir daí foi um suplício, pois queria correr e entrar no meu ritmo, mas não conseguia, pois os caminhantes, que se tinham colocado incompreensivelmente à frente dos que iam correr a meia maratona, não deixavam, percorrendo eu toda a ponte aos ziguezagues e em pára arranca.
Já a chegar a Alcântara é que entrei no meu ritmo, depois dei corda aos sapatos para tentar ganhar algum tempo, pois nos 20 km de Cascais tinha feito um tempo de 1:40h e trazia como objectivo (pensava eu) fazer cerca de 1:47h . Tudo corria às mil maravilhas, com música nos caminho e bastante gente a assistir, principalmente na zona do Cais do Sodré e Terreiro do Passo, distraí-me e deixei de controlar a minha passada. Demos a volta no Campo das Cebolas e seguimos novamente pela Av. 24 de Julho, passando outra vez por Alcântara, tinham sido percorridos cerca de 13 km. Curiosamente aí lembrei-me que ia a correr e comecei a sentir que tinha pernas, mas tudo bem. Aos 17 km, já a caminho de Algés, as pernas começaram a pesar, estava a pagar a corrida desregrada que fizera até então, e o sol também aquecia bastante, pois já era perto do meio dia. Tive que baixar o ritmo e a partir dos 19 km até à meta as pernas já não queriam obedecer ao dono, mas não iria desistir e foi um sofrimento até ao final.
Há que enaltecer a organização, tantos nas marcações de distância como nos abastecimentos de água e depois de frutas, foram excelentes. A animação ao longo do percurso também foi boa, levámos com música até fartar, desde os clássicos até ao rock. Quanto à assistência, notou-se sim senhor, pois houve muitas palmas e palavras de incentivo, principalmente em língua estrangeira, pois lamentavelmente, muitos dos portugueses continuam a não querer saber, e por vezes até dizem "deixa lá que no final ganhas uma garrafa de água....".
A lamentar a falta de soluções de acesso à ponte, dado que a esmagadora maioria vem no comboio FERTAGUS e sai na Estação do Pragal. Depois têm que efectuar o percurso a pé até ao único caminho para a ponte, onde começa o calvário, pois, tirando aqueles que chegam com duas horas de antecedência, os outros acotovelam-se e comprimem-se uns contra os outros até conseguirem chegar ao tal passadiço. Também é lamentável que a organização tenha permitido que aqueles que vão apenas a caminhar, se viessem a colocar à frente dos que vão fazer a meia maratona, dificultando assim a sua corrida. O que entendo é que alguém se borrifou para o assunto, não sei se seguranças se colaboradores. Quanto a "esses" caminheiros, só uma palavra, falta de civismo!
20 Março (Dom - 10H30) – 21,91 km – XXI Meia Maratona de Lisboa - 2011
Escalão: M50
Chegados à meta: 6331
Classificação: 3035º
Tempo: 01:55:11 minutos (tempo chip)
Vencedor: Tadese - Eritreia - Recordista Mundial
Links: Fotos ammamagazine
Classificação: 21ª Meia Maratona deLisboa
João A. Melo
Dentro das possibilidades devido a muitos contra tempos, lá se chegou ao fim... que era esse o objectivo... penso que não devia haver três locais de partida, devia sim existir esse de Algés para os campeões, abaixo da 01.05' e todo o restante sair na linha de partida ao início da ponte e só depois sair o pessoal da mini... os participantes da meia, os que saíram da 3ª. saída foram prejudicados e eles também fazem parte da corrida... pelo menos para a estatística... e não só, porque as provas não sobrevivem só com as inscrições das vedetas...
ResponderEliminarUm abraço e desculpe... é só mais um desabafo para a organização...
Mira Gaio