quarta-feira, 26 de maio de 2010

De palácio a palácio


Mais uma corrida em Sintra, neste caso a ligar o belo e emblemático Palácio Nacional de Sintra (Palácio da Vila) ao Palácio Nacional de Queluz.
Andei toda a semana indeciso se deveria ou não participar nesta prova, pois doía-me a rótula da perna esquerda, provavelmente devido a um mau jeito nas descidas do percurso algo irregular onde efectuo os meus treinos. No fundo não sabia bem a origem destas dores e estava com receio de as poder agravar ou contrair uma lesão mais séria. Felizmente no domingo acordei um pouco melhor e lá fui eu para Sintra, onde cheguei já um pouco tarde (09h40), mas aproveitei e fiz o aquecimento até ao local onde levantei o dorsal e o chip.
Estava um dia de sol mas o calor ainda se aguentava razoavelmente, todavia previa-se que iria aquecer até à chegada em Queluz. No largo do palácio e arruamentos periféricos encontravam-se “os clientes do costume”, turistas, predominantemente Europeus, Asiáticos e Americanos.
A partida foi junto do palácio, seguindo-se pela volta do Duche, estação ferroviária, Portela de Sintra até à rotunda do Tribunal, onde se deu a volta. Passou-se junto do Centro de Emprego e seguidamente a primeira descida de cerca de 1,5 km até ao Lourel, continuando-se num percurso plano até à Recta da Granja. Começavam aqui as primeiras dificuldades, numa subida acentuada e prolongada até ao Algueirão Velho. Custou um pouco a fazer e vi os primeiros a caminhar.
Seguidamente passou-se por pequenas localidades, em percurso plano e de descida, até Meleças. A partir daqui veio o troço mais difícil, numa subida de alguns kms, pela Serra da Carregueira, com passagem por Mira-Sintra, Quartel da Carregueira até ao alto de Agualva. Durante este percurso uma agradável surpresa, pois tivemos direito a um abastecimento suplementar, fornecido por um motard, que trazia garrafas de água em maletas laterais. Veio mesmo a calhar, pois já íamos perto do 13km e o calor já apertava. O restante foi a descer até Belas, e a partir dali, como se costuma dizer, faltava ainda o mais difícil…chegar à meta.
Cheguei relativamente bem, pois conhecia o percurso, poupei-me de inicio e precavi-me nas subidas, mantendo um ritmo constante. No final fica sempre a ideia que poderia ter dado um pouco mais, mas melhorei a minha marca anterior da meia Maratona de Lisboa e já foi bom.
A destacar a boa organização, com marcações de kms bem definidas, abastecimentos de água de 5 em 5 kms, e ainda o suplementar efectuado pelo motard. Também o serviço da polícia foi exemplar, tirando a zona de Queluz, todo o percurso foi livre de trânsito. Se esta prova fosse mais publicitada, o sucesso seria maior. Penso que merecia!

23 Maio (Domingo) – 21.195 m – 8ª Meia Maratona dos Palácios – Sintra\Queluz
Escalão: Veteranos II
Terminaram a prova: 502
Classificação: 337º,
Tempo: 01:51:58 h
Vencedor: Ricardo Ribas – GDU Caxiense
Links :     organização e resultados        
Fotos:  Tiradas por mim
João A. Melo

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Corrida pela esperança


08 Maio (Sab) - 5km – 15ª Corrida Terry Fox Portugal – Parque das Nações - Lisboa
Em 1980, o jovem corredor Canadiano Terry Fox, depois de lhe ter sido diagnosticado um cancro na perna direita, levando à amputação da mesma, decidiu percorrer o seu país, de um extremo ao outro, com o objectivo de angariar fundos para a investigação na luta contra o cancro.
Correndo por dia 42 km, o equivalente a uma maratona, chamou-lhe a “Maratona da Esperança”. Ao fim de 143 dias e de 5.000km percorridos, devido à progressão do cancro, que se alastrou até aos pulmões, veio a falecer a meio do caminho. Com esta iniciativa conseguiu 24 milhões de dólares em donativos, sendo mais tarde constituída a Fundação Terry Fox (Pesquisa na net).
Passaram a efectuar-se corridas em vários países, como forma de lembrar este corajoso jovem e assim angariarem-se fundos na luta contra o cancro. Em Portugal foi a 15ª realização, considerada a corrida de solidariedade mais antiga do país, os donativos são a favor da Liga Portuguesa contra o cancro.
Dois dos meus irmãos também já foram levados por esta fatídica doença e ao saber desta iniciativa, decidi participar e contribuir também, na esperança de um dia ainda se encontrar a cura.
O passado sábado, dia da prova, acordara um chuvoso “dia de Inverno”, ainda pensei que talvez fosse adiada, mas para o saber teria que comparecer. 

Cheguei junto da Pavilhão de Portugal cerca das 10H20 e logo constatei que a afluência era reduzida, muito por culpa do mau tempo, porém ainda lá estariam várias centenas de pessoas. Fiz a minha inscrição, vesti a camisola azul da corrida, como haviam solicitado, e efectuei um ligeiro aquecimento.
O percurso foi no perímetro do Parque das Nações, efectuado em 3 voltas, com partida e chegada junto do Pavilhão de Portugal. Logo pós a partida, caiu uma valente chuvada, desmotivando desde logo vários corredores, que ficaram para trás. Surpreendeu-me vê-los desistir, mas continuei, aproveitando para testar as minhas capacidades nesta distância, com ritmo mais rápido no início, acabando por fazer um tempo de 23,15 minutos, contabilizados no meu cronómetro. 

Não houve contagem oficial de tempos nem classificações, nem isso era o mais importante, ficou o gesto e boa vontade de muitos que quiseram participar nesta prova de solidariedade.
João A. Melo

segunda-feira, 3 de maio de 2010

1º de Maio - Dia do Trabalhador


Só após o 25 de Abril de 1974 é que ouvi falar no 1º de Maio – dia do trabalhador, até então era assunto tabu, para mim e para muita gente era  proibitivo até falar sobre ele. As primeiras lembranças que guardo sobre as comemorações do 1º de Maio foram durante as temporadas de estudante na Covilhã, uma cidade na altura ainda com uma grande quantidade de fábricas de lanifícios em laboração. Registaram-se nessa época muitas contestações sobre as condições precárias de trabalho e baixos ordenados dos trabalhadores fabris. Habituei-me a ver o dia do trabalhador com bastante respeito e impregnado de um grande simbolismo, pela luta, unidade e solidariedade, de todos aqueles que defendem os seus direitos e uma sociedade mais justa.

Foi a primeira vez que participei nesta prova e desde logo fiquei agradado, tanto com a organização como por toda a envolvência. Foi bonito partir do estádio 1º de Maio, correr pelas principais artérias e praças da capital, até à baixa e voltar ao mesmo estádio, com meta na pista. Ao longo do percurso não faltaram pessoas a apoiar os atletas, entre eles, muitos estrangeiros turistas, que demonstraram aos (alguns) portugueses como se deve apoiar quem pratica este tipo de desporto.
Estivera um inicio de manhã com chuva miudinha mas à medida que se aproximava a hora da corrida foi diminuindo até que se foi e deu lugar ao sol, mas felizmente não esteve calor em demasia.
Encontrei alguns amigos das corridas, entre eles, o Mário Lima, camarada não só de corridas mas também dos blogues. Já participara em algumas provas com o Mário, mas desta vez estivemos juntos na partida, onde pusemos a conversa em dia, com o desenrolar da prova continuámos a correr em parceria e mantivemos um ritmo constante até à meta. Para mim era tipo uma promessa efectuar a prova ao lado dum atleta como o Mário Lima, um homem com grande experiência e vastos conhecimentos nesta andanças, além da sua sempre boa disposição. Amigo, foi um prazer!
01 Maio (Sab) - 15km – 29ª Corrida 1º de Maio - Lisboa
Escalão: Veteranos II
Terminaram a prova: 909
Classificação: 470º,
Tempo: 01:15:58 h
Vencedor: Nelson Cruz – GDU Caxiense
Links :     Corrida 1º de Maio          

João A. Melo