terça-feira, 30 de março de 2010

Corrida da Solidariedade


Todos os dias ocorrem casos de violência, mas a que mais me repugna é a perpetrada contra as crianças, seja por agressões, maus tratos e sevícias ou por serem violadas e molestadas sexualmente. As crianças são seres inocentes e puros, não pediram para virem ao mundo, nem têm culpa do que mal vai na humanidade, sofrem em silêncio as atrocidades de monstros, indignos de habitar este planeta.
Correr pela solidariedade é sempre um bom motivo e no domingo passado, as verbas da inscrição para esta prova, organizada pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima e pelo Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna da PSP, revertiam na totalidade a favor das vítimas de crimes, através da APAV.
A prova teve início frente ao ISCPSI, no Calvário, passou por Alcântara, Av. 24 de Julho a Santos, onde retornou pela mesma avenida, passando depois pela Av. da Índia até junto da Torre de Belém, onde deu a volta, terminando depois no jardim frente à Praça do Império nos Jerónimos.

Estava um dia ótimo para a corrida, com uma temperatura amena e sem vento. Foi uma prova que me correu bem, pensava que me ia ressentir dos 21 km do domingo anterior, mas senti-me em boas condições físicas, sem quaisquer dores musculares.
Gostei bastante da organização, que decorreu sem falhas (se as houve não foram graves) e mesmo sem controlo de chips, os tempos foram muito bem registados à chegada, pelo sistema de código de barras. Também houve o cuidado de entregarem algumas lembranças no final, mas em fila independente da chegada, pois assim não se ficou muito tempo parado na fila, antes da meta.

28 Março (Dom) - 10km – 7ª corrida da solidariedade ISCPSI-APAV-Lisboa
Escalão: Veteranos II
Terminaram a prova: 715
Classificação: 221º,
Tempo: 00:47:37 h
Vencedor: Luís Pinto – Sporting Clube de Portugal
Links :
João A. Melo

terça-feira, 23 de março de 2010

Meia maratona de Lisboa


Depois de correr várias distâncias, desde os 8 aos 17 km, participar numa meia maratona era um dos meus objectivos, não só para experimentar a sensação de magnitude da prova, como também para testar as minhas capacidades físicas naquela distância.
Quis o destino que a estreia fosse numa das mais emblemáticas provas do país, já considerada pelo responsável máximo da Federação Internacional de Atletismo, como a melhor do mundo da especialidade, ainda por cima na expectativa geral de ser quebrado o recorde do mundo, o que veio a acontecer.
A “ventura” começou na sexta-feira passada, quando fui levantar o dorsal, numa tenda montada para o efeito, junto ao museu da electricidade, em Belém. Encontravam-se várias bancas, onde distribuíram alguns gifts e numa delas tive uma agradável notícia, num teste ao meu colesterol total, os valores foram 186 mg/dl, quando na última medição, no final do ano transacto, eram 226 mg/dl. Nada melhor para começar.
No domingo a “aventura”, cerca das 09h15, estacionei o carro em Alcântara-Mar e fui até à estação de Alcântara-Terra a pé, pois tinha-se-me metido na ideia que era aí que iria apanhar o comboio da Fertagus para o Pragal (que maluqueira). Depois de ali chegar e constatar que o movimento era fraco de mais, meditei e levei as mãos à cabeça, “que m….”, tinha-me enganado e a estação de Campolide ainda era bastante longe para ir a pé, valeu que dali a momentos, por sorte, apareceu um autocarro para a estação de Campolide, senão…lá se ia a corrida.
Chegado ao Pragal já eram 10h10, aproveitei e fiz o “aquecimento” a correr até à ponte. Quando olhei para aquele mar de gente no “garrafão da ponte” pensei, só passo a linha de partida passado uma meia hora depois do inicio. Felizmente os da meia maratona partiam dum local diferente, dos da mini maratona, que eram cerca de 30.000, conforme apregoaram e demorei cerca de 3 minutos a chegar à linha.
Atravessar a ponte 25 de Abril a pé, a correr, para muitos era só mais uma vez (por ano), para mim foi a primeira e tenho que admitir que senti uma especial sensação. Também correr ao lado de vários milhares de pessoas, cada um a fazer a sua festa (ou avaria) foi uma experiência emocionante, assim como bonito foi ver tanta gente a acompanhar e a apoiar os participantes, além da música que nos deram, as várias bandas, ao longo do percurso.
Sabia que para aguentar os 21km teria que manter um ritmo constante e fazer a corrida “de trás para a frente” (como dizem os entendidos), por isso imprimi um andamento mais lento que o costume, mas penso que me entusiasmei um pouco entre os 10 e os 15km, e os últimos três km as pernas pareciam já não querer obedecer, porém, depois de puxar pelos galões da minha consciência, lá cheguei à meta, bastante cansado…mas feliz.
Tinha como objectivos, primeiro, chegar ao fim, depois, tentar fazer menos de duas horas. Ambos foram alcançados, o que me deixou satisfeito e já a pensar numa próxima meia maratona, talvez a dos palácios, em Sintra.
21 Março (Dom) - 21km – Meia Maratona de Lisboa
Escalão: Veteranos +45
Terminaram a prova: 5.475
Classificação: 2585º,
Tempo: 01:56:51 h
Vencedor: Zersenay Tadese – Eritreia.

Filme da minha chegada (ver o meu tempo):  www.bultzsport.com
João A. Melo

quinta-feira, 18 de março de 2010

Corrida das Lezírias


No domingo passado decorreu em Vila Franca de Xira a Corrida das Lezírias, uma prova em que tinha bastantes expectativas em participar, pois a fama de ser diferente, não só pelo percurso mas também pelo meio envolvente, era bastante badalada.
Estava um dia ótimo para a prática de corrida, não chovia e o tempo estava ligeiramente fresco, com apenas algum vento. A prova iniciou-se junto à Praça de Touros, percorreu-se algumas artérias da cidade até à Ponte, depois entrou-se num percurso em terra entre os campos (lezírias) ribatejanos, regressando-se novamente pela ponte até ao local de partida. Foram cerca de 10km a correr entre os campos verdinhos, sendo metade do percurso efectuado ao longo do rio Tejo, numa espécie de trilho feito pelos rodados de tractores agrícolas. Em alguns pontos do percurso encontravam-se campinos, trajados a rigor, montados em belos cavalos.
Quanto à corrida, imprimi um ritmo lento no início, fui aumentando conforme as minhas possibilidades para depois manter e na parte final acelerei um pouco até à meta. Serviu para avaliar as minhas capacidades para a meia maratona de Lisboa, que irei participar pela primeira vez. Fiquei contente com o meu desempenho, senti-me bem fisicamente e cumpri com os meus objectivos, que eram principalmente participar. 
Foi uma organização muito boa, desde a partida a horas marcadas, ao percurso escolhido, aos abastecimentos (5 e 10 km) e a todo o envolvimento, como o local da chegada, muito bem demarcado. O público não faltou e foi entusiástico a apoiar os atletas nas ruas de Vila Franca. No final a confraternização com alguns companheiros de corrida, nomeadamente o Mário e o meu colega Francisco Gaio. Parabéns a todos!

14 Março (Dom) - 15km – Corrida das Lezírias; Vila Franca de Xira
Escalão: Veteranos II
Terminaram a prova: 1388
Classificação: 747º,
Tempo: 01:14:23 h
Vencedor: Hermano Ferreira – Maratona C.P.
            fotos 
João A. Melo


quinta-feira, 11 de março de 2010

Corrida da árvore


Pesquisei que…
A Serra de Monsanto, devido à proximidade de Lisboa e às necessidades primárias da sua população, principalmente de lenha e exploração de pedreiras, sofreu ao longo dos anos, uma grande devastação da sua floresta. Por já estar completamente despida, nos finais do século XIX foi arborizada. Mais tarde, nas primeiras décadas do século XX, durante o Estado Novo, por vontade do então Ministro das Obras Públicas, Engenheiro Duarte Pacheco, foi projectado e construído o Parque Florestal, com a finalidade de proporcionar aos lisboetas um espaço de lazer. Nos finais do século passado (até parece que já foi à muito tempo…), foram construídos diversos equipamentos de recreio e lazer, melhoradas as estradas e recuperado o circuito de manutenção.
Em 1988, quando residia na Ajuda, cheguei a frequentar o circuito de manutenção, que achei ser bastante razoável. Há uns anos ainda ouvi falar num passeio/pista para ciclistas e peões a ligar a cidade e o parque florestal, era uma excelente iniciativa mas ficou-se pela ideia. Nos dias de hoje, o parque de Monsanto oferece boas condições, para quem quiser sair do bulício da cidade e passar um dia diferente em contacto com a natureza, tanto em passeio como a praticar desporto.
Foi também a pensar na corrida…em contacto com a natureza que decidi participar. A prova tinha motivos ecológicos, apelava à preservação do meio ambiente e o prémio de participação, além da camisola, era uma árvore e quem a não quisesse levar para casa poderia entregá-la a uma representação de escuteiros, que se encarregariam de as plantar.
Estava uma manhã com céu bastante nublado, a prometer chuva mas felizmente deu umas tréguas durante a corrida. Quanto à prova, pelo que tinha ouvido e lido, esperava maiores dificuldades, tendo custado mais um pouco os últimos quilómetros, que foram sempre a subir até à meta. No final, a satisfação de mais uma corrida, o partilhar com os restantes aqueles momentos, e o prémio, um pinheiro que plantei na mata, frente à minha casa.
7 Março (Dom) - 10km – Corrida da Árvore; Monsanto - Lisboa
Escalão: Veteranos II
Terminaram a prova: 662
Classificação: 208º,
Tempo: 00:49:38 minutos
Vencedor: Bruno Pais – S.L. Benfica
Link:  Revista Atletismo   
          Fotos: ammamagazine
João A. Melo

quarta-feira, 3 de março de 2010

Correr com o cheiro a mar


           Organizada pelo Núcleo Sportinguista da Costa da Caparica, esta prova, já na sua décima primeira realização, para mim, foi mais uma estreia e o simples objectivo de participar. Pelo que tinha “estudado” a mesma decorria pelas ruas da vila e uma grande parte, no passeio marítimo ao longo da extensa praia da costa Atlântica.
As expectativas não me saíram defraudadas, gostei da organização, havendo apenas uma dissonância sobre a hora da partida divulgada pela Xistarca. A partida foi numa artéria lateral e a chegada na outra mesmo frente à sede do núcleo.
Estivera uma manhã de chuva intensa e mais uma vez previa-se uma grande “molha”, mas apenas levámos umas “encharcadelas” devido às poças de água que cobriam grande parte do percurso da estrada, mas quando há vontade tudo se ultrapassa.
Também gostei do trajecto da corrida, com cerca de 4km ao longo das praias, o cheirinho a mar a entrar pelas narinas e as gaivotas a esvoaçar por cima de nós, procurando terra firme, pois o mar estava bravio.
Apesar do tempo estar a prometer chuva, a prova foi bastante participada, assim como as gente locais também demonstravam grande entusiasmo, principalmente nas artérias da vila. Para o ano há mais…se a vida o permitir.

28 Fevereiro (Dom) - 10km - XI G. P. do Atlântico; Costa da Caparica
Escalão: Veteranos II
Terminaram a prova: 1037
Classificação: 436º,
Tempo: 00:48:32 minutos

Vencedor da prova:  Helder Ferreira - U.F.C.I. Tomar
          Fotos
João A. Melo